Na véspera do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é fundamental reconhecer e valorizar o papel das mulheres empreendedoras do Nordeste. Em uma região marcada por desafios econômicos e sociais, essas mulheres têm se destacado pela criatividade, resiliência e inovação, impulsionando a economia local e transformando comunidades. Seja na gastronomia, no artesanato, na moda ou na tecnologia, elas enfrentam barreiras estruturais, mas seguem firmes na busca por autonomia financeira e reconhecimento.
Historicamente, o empreendedorismo feminino no Nordeste sempre esteve presente, ainda que muitas vezes invisibilizado. Desde as rendeiras do Ceará, que perpetuam uma tradição secular, até as empresárias que apostam na tecnologia e no mercado digital, as mulheres nordestinas têm construído uma cultura de negócios que alia tradição e modernidade. De acordo com dados do Sebrae, o número de mulheres à frente de pequenos negócios cresceu significativamente nos últimos anos, destacando a força do setor feminino na economia.
Apesar das conquistas, as dificuldades ainda são grandes. O acesso ao crédito, a carga dupla de trabalho e a desigualdade de gênero são desafios constantes. No entanto, iniciativas como redes de apoio, incubadoras de negócios e programas de microcrédito têm possibilitado o crescimento de muitas dessas empreendedoras. Um exemplo inspirador é o de Maria das Graças, do interior de Pernambuco, que iniciou um pequeno negócio de cosméticos naturais e hoje exporta seus produtos para outros estados. Histórias como a dela mostram que, com oportunidade e suporte, o potencial das mulheres nordestinas é ilimitado.
A véspera do Dia das Mulheres é um momento para celebrar e refletir sobre o caminho percorrido e os desafios ainda existentes. Mais do que um dia de homenagens, a data deve servir como um impulso para a formulação de políticas públicas e iniciativas privadas que fortaleçam o empreendedorismo feminino. Apoiar essas mulheres é investir no desenvolvimento do Nordeste e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Que este 8 de março seja um marco de reconhecimento e avanço para as empreendedoras nordestinas que, com coragem e determinação, transformam seus sonhos em realidade.
