Governo argentino quer enviar Exército para a fronteira com o Brasil e julgará extradição de foragidos do 8 de janeiro

Em: 30/04/2025

Por: tvpiausul

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O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou que pretende enviar tropas das Forças Armadas para reforçar a segurança nas fronteiras do país — incluindo a divisa com o Brasil. Além disso, o governo argentino informou que, em junho, deve julgar os pedidos de extradição de brasileiros envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

O que significa usar as Forças Armadas na fronteira?

As Forças Armadas são compostas pelo Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Elas são responsáveis por defender o país contra ameaças externas, ou seja, de outros países. No caso da Argentina, a proposta de Milei é usar os militares para reforçar a vigilância e combater crimes como tráfico de drogas, contrabando e imigração ilegal nas áreas de fronteira, especialmente em regiões mais vulneráveis.

Hoje, quem cuida da segurança nas fronteiras argentinas é principalmente a Gendarmaria Nacional, uma força de segurança especializada nesse tipo de trabalho. A entrada das Forças Armadas nesse papel é considerada polêmica, porque pode abrir espaço para o uso militar em ações de segurança pública — algo que nem sempre é bem visto em países democráticos.

E o que é a extradição dos foragidos do 8 de janeiro?

A extradição é um processo legal em que um país entrega a outro uma pessoa que está sendo acusada ou condenada por um crime. No caso em questão, o Brasil pediu à Argentina que entregue brasileiros que fugiram para o país vizinho após participarem da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

Essas pessoas são consideradas foragidas da Justiça brasileira. A decisão de extraditá-las ou não cabe à Justiça da Argentina, que deve analisar o pedido e julgar se as condições legais para a entrega estão sendo respeitadas. O julgamento está previsto para acontecer em junho.

Por que isso importa para o Brasil?

A possível presença de militares argentinos na fronteira pode ter impacto direto em cidades brasileiras que fazem divisa com o país, como Santo Antônio do Sudoeste (PR) e Uruguaiana (RS). Além disso, a extradição dos foragidos do 8 de janeiro é importante para que a Justiça brasileira consiga responsabilizar todos os envolvidos na tentativa de golpe.

Essas decisões mostram que o governo argentino de Javier Milei, conhecido por seu estilo conservador e por ser aliado de políticos de direita, está tomando medidas firmes tanto na segurança quanto no relacionamento com o Brasil.

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