Após meses de incertezas, rumores e negociações discretas nos bastidores, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) finalmente confirmou, nesta segunda-feira (12), o nome de Carlo Ancelotti como o novo treinador da Seleção Brasileira. O experiente técnico italiano, de 65 anos, assume o comando da equipe pentacampeã com a missão de recuperar o prestígio e a competitividade internacional após anos de resultados frustrantes.
A chegada de Ancelotti marca uma ruptura histórica: é a primeira vez que um europeu ocupará oficialmente o cargo de técnico principal da Seleção Brasileira em uma grande competição. Conhecido por seu estilo calmo, liderança discreta e impressionante currículo — que inclui títulos da Liga dos Campeões com o Milan e o Real Madrid — Ancelotti trará sua experiência a uma seleção que há anos busca reconquistar a sua identidade e eficácia em campo.
“É uma honra imensa liderar a Seleção Brasileira, uma das maiores do mundo. Espero contribuir com trabalho, respeito e dedicação para levar o Brasil de volta ao topo do futebol mundial,” afirmou Ancelotti em sua primeira declaração oficial, divulgada pela CBF.
A escolha do italiano, segundo fontes próximas à presidência da entidade, foi guiada pela necessidade de modernizar o estilo de jogo da equipe, profissionalizar a estrutura interna da comissão técnica e, claro, trazer resultados consistentes. Ele assume com carta branca para reestruturar desde as convocações até os métodos de treino da equipe principal, contando com apoio total da entidade.
Ancelotti terá pela frente um calendário intenso: a estreia está prevista para os amistosos internacionais de setembro e, em seguida, as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. Espera-se que ele traga sua própria equipe de auxiliares, embora nomes locais devam ser integrados para garantir a transição e facilitar o entrosamento com os atletas brasileiros.
Um hiato, digamos… inusitado
Ironias do futebol: a seleção que já teve nomes como Zagallo, Telê Santana, Parreira e Felipão passou os últimos meses sem treinador fixo, como se uma padaria decidisse abrir sem padeiro. Foram meses de “interinos eternos”, especulações novelescas e reuniões mais frequentes do que treinos. O anúncio de Ancelotti encerra esse capítulo cômico de uma seleção tetracampeã — perdão, pentacampeã — que parecia jogar no modo espera.
Com a assinatura oficial e a camisa canarinho em mãos, Carlo Ancelotti dá início a um novo ciclo, carregado de expectativas, dúvidas e — quem sabe — a esperança de um hexa que, para o povo brasileiro, continua sendo um sonho adiado.